sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O Imã do Grupo Corpo


Márcia Costa


Causar admiração, encantar, despertar estranhamento ou até emudecer. Sempre que Santos sedia uma Bienal de Dança do Sesc, esses e muitos outros sentimentos e reações são despertados no espectador.

Dada a sua capacidade de conexão com o público, algumas companhias de dança geram expectativa a cada nova coreografia produzida. É o caso do Grupo Corpo. Uma das mais aguardadas atrações do evento, a companhia mineira com mais de 30 anos de estrada apresentará seu mais recente espetáculo, que remete diretamente ao tema da Bienal.

Em Imã (na foto de José Luiz Pederneiras) corpos se unem e se repelem, se conectam e se desconectam, lembrando-nos do princípio da interdependência e complementariedade que rege as relações. Performance repleta de ousadia, chamou a atenção da crítica pela beleza da música, produzida especialmente para o espetáculo, além de abusar da leveza e da elasticidade dos corpos.


O resultado do trabalho do Corpo é uma mistura de suavidade e vitalidade, trivialidade e estranheza, harmonia e dissonância. Não à toa, essa forma como o grupo se define poderia ser utilizada também como uma das muitas formas possíveis de se explicar a Bienal.

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